segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

II Conferência Nacional de Juventude: as mulheres jovens EXIGEM respeito!

As mulheres jovens exigem respeito!!!

Até o seu 3º dia a II Conferência Nacional de Juventude parecia dominada pelas pautas e “gritos de guerra” de movimentos estudantis e partidários. Até então, as discriminações e demandas vivenciadas especificamente pelas mulheres jovens tiveram pouca visibilidade. Exceto no Grupo de Trabalho sobre Gênero, os outros debates e mesas pareciam ignorar este contexto.

Mas enganaram-se aquelas (es) que pensaram que as mulheres jovens participantes desta conferência não estavam atentas! Na manhã de domingo em pouco mais de 1 hora jovens feministas de diversos movimentos juntaram-se para dar um recado à Conferência: Não aceitaremos nenhum tipo de violência contra as mulheres!

O ato foi organizado em resposta a violência sofrida por uma jovem participante da conferência. A mesma foi abordada e insultada por um grupo de cerca de 20 homens, todos delegados da Conferência Nacional de Juventude, que também estavam abordando taxistas para que levassem profissionais do sexo ao hotel.

Com esta ação as jovens presentes visavam denunciar esta situação de violência, que é mais uma demonstração das violências e desigualdades vivenciadas cotidianamente pelas mulheres jovens; para exigir providências da Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Juventude e dizer a todas (os) participantes da Conferência que a violência contra as mulheres não será tolerada em nenhum espaço, muitos menos em um espaço de discussão de políticas públicas, que deve ser plural e igualitário!

As mulheres jovens participantes deste ato denunciaram também a invisibilidade do gênero feminino nos documentos da Conferência, em quais foram adotados exclusivamente a linguagem masculina. Denunciamos: “Não nos reconhecemos nessa linguagem”. Outra reivindicação, foi a  legalização do aborto.

As falas e “gritos de guerra” somaram-se as reivindicações e discussões realizadas no GT de Gênero, no qual foram eleitas como prioridades: a legalização do aborto, o combate a violência contra a mulher e o enfrentamento da exploração sexual.

Que os gritos das mulheres jovens – nossos gritos – ecoem não só nos corredores desta Conferência, mas por toda a sociedade: as mulheres jovens exigem respeito!!!

“Oh seu machista, seu babaquinha
As feministas vão botar você na linha”

Iara Amora dos Santos
Núcleo de Mulheres Jovens da
Casa da Mulher Trabalhadora

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Mulheres nas ruas pelo fim da violência

         No último dia 25 de novembro mulheres de diferentes partes do Estado foram às ruas para lembrar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. A Cinelândia, no centro do Rio, foi o palco da ocupação cultural e política que reuniu cartazes, faixas, apresentações teatrais, de música e de dança pelo fim da violência contra as mulheres. No encerramento do ato, @s manifestantes presentes acenderam velas, na vigília em homenagem às mulheres que morreram e continuam a morrer alvos da violência machista.
A manifestação foi chamada pelo Fórum Estadual de Combate à Violência contra a Mulher, espaço unitário, amplo e aberto de articulação de feministas, entidades, movimentos sociais e organizações políticas e de classe que vem se reunindo e indo às ruas desde meados de 2011, com o objetivo articular estratégias de enfrentamento à violência contra as mulheres no Estado do Rio de Janeiro.
Mais informações: Facebook: Fórum de Combate à Violência / Telefone: 2544-0808


Confira as fotos do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher:
 Escadaria da Cinelândia 


 Teatro de rua pelo fim da violência contra as mulheres




Teatro de rua pelo fim da violência contra as mulheres


  Uma vida sem violência é um direito das mulheres


 Não à violência contra as mulheres

 
Mulheres do hip-hop contra a violência


 Break contra a violência


Distribuição de cartilhas e panfletos com informações sobre a violência contra as mulheres

Distribuição de cartilhas e panfletos com informações sobre a violência contra as mulheres


Velas em homenagem às mulheres vítimas de violência

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

III Curso Trocando Ideias Mulheres Jovens na Defesa de Seus Direitos

III Curso “Trocando Ideias: Mulheres Jovens na Defesa de Seus Direitos”
Realização: Casa da Mulher Trabalhadora / Núcleo de Mulheres Jovens da CAMTRA
De 30 de setembro a 02 de Outubro de 2011 - Rio de Janeiro/RJ

LISTA DE SELECIONADAS**:
Adriana de Souza Barcelos
Adriana Rocha Lopes Pontes
Aline Cristina Bentes da Silva
Ana Carolina da Silva Almeida
Andriele de Sousa Barcelos
Carolina Landeira de Carvalho
Damiana Cristina Adão
Dandara Pires
Danielle Jardim da Silva
Dayana Christina Ramos de Souza Juliano
Elaine Jansen Pereira
Ilda Silva Lopes
Jéssica Montechiari Pietrani Couto
Kenia Costa Santos Lopes
Luanda Ribeiro do Nascimento
Luciana de Morais Guedes
Lucilayne Nascimento da Silva
Mariana Celestino Soares Sampaio Guimarães
Natália de Oliveira Aquino
Nianuí Batista dos Santos
Priscila Bezerra do Nascimento
Priscila de Souza Marcelino
Rafaela Machado Araújo
Rafaela Neves Vieira de Albuquerque Queiroz
Renata Araújo Batista Gomes
Rhuanna Vieira da Silva
Sara Azevedo de Oliveira
Silvana Cristina da Silva Reis
Tayane Carneiro da Costa
Thaiana da Silva Lima

** Estamos confirmando a disponibilidade, por telefone e e-mail, de todas as selecionadas.
Em caso de desistência, daremos chance à outra jovem da lista de espera.

Dos critérios de seleção:

  •  Disponibilidade de participação em tempo integral do curso;
  • Contemplar o maior número possível de grupos e instituições;
  • Garantir a participação de jovens de diferentes regiões da cidade do Rio de Janeiro e municípios do Estado do Rio de Janeiro;
  • Garantir a diversidade e participação proporcional das jovens nas questões de idade, raciais e orientação sexual.
  • Não participação nos cursos anteriores.


9ª édition du festival féministe de documentaires

A Camtra terá seu documentário "Eu Sou Auto Estima" exibido na 9ª edição do Festival Feminista de Documentários de Paris! O tema do festival é "Mulheres em resistência à violência institucional". No documentário, trabalhadoras relatam seu cotidiano e traçam a história de milhares de mulheres: condições de vida precária, desrespeito aos direitos trabalhistas, coragem para lutar e sonho de construir uma outra realidade.

Segue abaixo mais informações sobre o festival e sua programação, que vai do dia 01 ao dia 02 de outubro:
9ª édition du festival féministe de documentaires

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Policial civil executa esposa com quatro tiros em Volta Redonda

Rio - Um policial civil aposentado é acusado de matar a mulher a tiros na manhã desta quinta-feira em Volta Redonda, no Sul Fluminense. De acordo com a polícia, Raimundo Luciano Mendonça, de 59 anos, executou a esposa, Heloisa Helena Isabel, 48, com quatro tiros após uma discussão.

De acordo com o delegado titular da 93ª DP, Antônio Furtado, há uma semana o acusado flagrou uma mensagem de texto no celular da esposa de um homem que dizia "estar com saudades". Desde então Raimundo passou a ameaçar a mulher.

A cunhada da vítima e a filha do casal estavam na casa no momento do crime. Raimundo está foragido e teria dito a policiais que se apresentaria ainda nesta quinta. Agentes da 93ª DP estão em busca do suspeito.


Fonte: O Dia

Vigília pelo fim da violência contra a mulher

Em virtude do brutal caso ocorrido com a jovem Paula de Sousa, de 22 anos, que foi torturada e queimada por seu ex-marido, entidades do Fórum Estadual de Combate à Violência contra as Mulheres realizam uma vigília, na próxima segunda-feira 19 de setembro, a partir das 18 horas, na Cinelândia.


Segundo Iara Amora, do Núcleo de Mulheres Jovens da CAMTRA (Casa da Mulher Trabalhadora), "A Lei Maria da Penha deu visibilidades aos casos de violência contra a mulher, porém sua efetividade ainda é falha. Há casos de mulheres que vão a delegacia 5, 6 vezes... denunciam o seu companheiro e voltam para casa ainda desprotegidas." Segundo Iara, a violência contra a mulher com certeza não diminuiu nos últimos anos e a vigília "será um ato de indignação e de denúncia contra este e outros casos de violência contra mulheres".

Durante o ato, velas serão acesas e teremos a exibição de fotos de mulheres vítimas de violência, além de uma panfletagem conscientizando a população sobre o problema.


Sobre o caso, leia nosso último post: Ex-marido escreve seu nome com uma faca quente...

Fonte: APN

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ex-marido escreve seu nome com uma faca quente nas costas da mulher

Rio - A dona de casa Paula de Souza Nogueira Farias, de 22 anos, foi torturada por mais de quatro horas pelo ex-marido Neliton Carvalho da Silva, de 25, na presença do filho de um ano e meio, Nicolas, no apartamento 201 da Rua DW, no Pontal, Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste da cidade. Ela teve pernas, braços e rosto queimados com um ferro de passar roupas, durante a noite desta sexta-feira. Ele escreveu seu primeiro nome, em letras garrafais, nas costas da vítima, com uma faca sob alta temperatura. A vítima ainda levou socos e pontapés em várias partes do corpo.


Ex-marido agressor sorri durante apresentação na delegacia | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia


"Pensei que ia morrer. Fui marcada com um gado e tratada como um animal. Ele falou que eu ia ficar bem feia para não ficar com mais ninguém na minha vida. Falou que se eu o entregasse à polícia ele mataria meus outros dois filhos, de 7 e 5 anos, que são de outro relacionamento. Se ele for liberado, não sei o que será da minha vida. Tenho medo que ele volte e mate todo mundo", disse ela na 16ª DP (Barra da Tijuca), onde o caso de tortura, ameaça e tentativa de homicídio foi registrado. O agressor alegou que o motivo seria ciúmes. Segundo Paula, o casal estava separado há um ano.

Paula contou que Neliton pediu para o ver o filho. "Fazia dois meses que ele realmente não via o menino. Como ele disse que me daria R$ 150 para as despesas, fui até a casa dele levar o garoto. Ele me recebeu bem, mas quando passei da porta começou o inferno. Ele me trancou dentro do apartamento e me acusou de ter relações com amigos dele. Aí ele me disse que ia apenas me torturar, mas não iria matar para eu lembrar sempre dele", disse ela. Com um ferro de passar roupas, o agressor queimou o rosto e as coxas da mulher, que ficaram em carne viva.




Os gritos da mulher não fizeram o ex-marido parar. Paula se contorceu em dores quando Neliton escreveu seu primerio nome nas costas dela. "Ele disse que para que toda a vez que eu estiver com outro homem, vou lembrar dele", disse. Ele usou uma faca sob alta temperatura para fazer as letras. Nos braços, ele desenhou as letras "enes". Após a sessão de torturas, o agressor levou a vítima até o ponto de ônibus. Ele pegou uma kombi e parou no Posto de Policiamento Comunitário (PPC) do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes. Ela foi levada para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, onde foi medicada.

Ainda bastante abalada com as agressões, a vítima contou que prestou queixa por agressão contra Neliton duas vezes na Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam). Há nove meses, ele encostou uma colher quente em seu rosto. "Ele sempre foi agressivo, mas jamais imaginei que pudesse chegar a esse ponto. Nunca pensei que isso poderia acontecer. Infelizmente meu filhinho assistiu tudo muito espantado. Espero que não fique traumatizado", disse. O caso foi registrado na 16ª DP (Barra).


Fonte: O Dia

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Borracheiro é condenado a 15 anos por matar ex-mulher em salão de beleza em BH

SÃO PAULO - O borracheiro Fábio William Soares, acusado de matar a ex-mulher, a cabeleireira Maria Islaine, no dia 20 de janeiro de 2010, no bairro Santa Mônica, em Belo Horizonte, foi condenado a 15 anos de prisão, em regime inicial fechado. O crime foi registrado por câmeras de segurança instaladas no salão de beleza da vítima.

O julgamento foi realizado no salão do I Tribunal do Júri do Fórum Lafayette. O juiz Christian Gomes Lima presidiu a sessão que teve início às 9h30 desta sexta-feira. A única testemunha de acusação presente foi dispensada pelo Ministério Público.

Foram ouvidas três testemunhas de defesa das quatro que estavam presentes. O borracheiro confirmou ter matado a vítima, mas negou que tenha sido por razões materiais. Disse que era apaixonado por ela, mas que a ex não o correspondia e o humilhava. Ele alegou ainda que a cabeleireira era constantemente assediada por outros homens e atendia telefonemas deles em sua presença.

Ele afirmou que, no dia do crime, exibiu a arma para intimidar a ex-companheira. Alegou que perdeu a cabeça quando ela disse que ele não era homem para atirar e disparou os tiros.

Durante os debates, o promotor Marino Cotta exibiu imagens do crime em um telão. Relatou que a vítima agiu corretamente ao procurar a polícia já que vinha sofrendo seguidas agressões. Enfatizou que foram registrados oito boletins de ocorrência, e citou ainda as medidas protetivas da Lei Maria da Penha aplicadas pelo Judiciário ao borracheiro, dentre elas separação de corpos com determinação para afastamento dele, mas que não teriam sido cumpridas por Fábio.

A acusação alegou que ele planejou o crime, pois chegou ao salão da vítima já com arma em punho. O representante do Ministério Público referiu-se ainda à partilha de bens, que teria gerado desentendimento entre o casal.

A defesa representada pelo advogado Ércio Quaresma Firpe, argumentou que a alegação de que o réu agiu "de surpresa" dificultando chance de defesa da ex-companheira não deve ser considerada, já que ela foi ameaçada anteriormente pelo borracheiro.

Para o defensor, a postura da vítima ao desafiar o réu dizendo que ele não era homem para atirar levou o acusado a fazer os disparos contra M.I.M. A defesa frisou que o réu é uma pessoa que se descontrolou com a perda de um amor, tendo matado a vítima por estar inconformado com o fim da relação. Quaresma entende que o réu merece ser condenado, mas observados os devidos limites.
A decisão está sujeita a recurso e o réu deve aguardar, esta fase do processo, preso.


Leia mais sobre esse assunto em O Globo

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Animal dá surra de pedra na ex-mulher

Um homem acusado de agredir a ex-mulher a pedradas foi preso, no fim da tarde de sábado, por policiais da 62ª DP (Imbariê). Segundo informações da Polícia Militar, a ex-mulher do agressor foi à delegacia com ferimentos na cabeça e no braço direito e contou que seu ex-marido, Adriano do Nascimento, de 40 anos, havia lhe atacado.

Em depoimento, a vítima disse que Adriano chegou em casa embriagado, pegou uma pedra de mármore e começou a agredi-la. Um dos golpes atingiu sua cabeça.

Os policiais foram até a residência da vítima, que fica no bairro de Imbariê, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e prenderam Adriano em flagrante.

Ainda de acordo com os militares, o ex-marido agressor poderá responder por tentativa de homicídio. Adriano vai ser encaminhado para uma casa de custódia, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Fonte: MeiaHora

Morre mulher que foi queimada

Suspeito já está atrás das grades

Internada há quatro dias no Hospital do Andaraí com 95% do corpo queimados, a balconista Maria de Fátima Iloia, 21 anos, morreu na noite de segunda-feira. A família da jovem acusa o gerente da padaria onde ela trabalhava, na Tijuca, Alberto Bandeira da Silva, de ter cometido o crime. Ele foi preso na manhã de ontem, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

"Acabou o sonho de toda a nossa família. Se tiver justiça neste País, eu queria que ele sentisse a mesma dor que minha namorada sofreu. Mas a gente não se livra da justiça de Deus, ela não falha", disse o namorado da vítima, o balconista Eliano Barbosa.

O crime aconteceu na última quinta-feira, no Morro do Borel. Segundo familiares da vítima, Alberto perseguia Maria de Fátima e a assediava com frequência. No dia do atentado, ela teria sido surpreendida por Alberto, que a teria agredido com um golpe na cabeça. Inconsciente, Fátima foi levada para dentro de casa. O suspeito teria amarrado os pés e mãos da jovem, jogado álcool e ateado fogo no corpo dela.

O irmão da vítima, José de Arimatéia Iloia, contou que Maria de Fátima deixou o Rio Grande do Norte para tentar a sorte no Rio e ajudar a mãe. "É o sonho de todo nordestino: vir para a cidade grande para trabalhar e ajudar a família. E hoje nosso sonho acabou".

Família defende o acusado

Alberto Bandeira da Silva foi preso em Vila Norma, São João de Meriti, e levado para a 19ª DP (Tijuca).

Familiares defenderam o gerente. "Meu irmão é inocente. Na hora do crime, ele estava na academia, em Meriti, e pode provar. Ele negou que tenha assediado a jovem. Segundo os funcionários da padaria, era ela quem o assediava" acusou o irmão de Alberto, que se identificou apenas como Henrique.

Segundo a polícia, Alberto também responde a um processo por outra agressão contra a ex-companheira. Ela também esteve na delegacia e negou que tivesse sido agredida.

Fonte: MeiaHora

Guarda municipal é suspeito de matar adolescente na Bahia

Garota de 16 anos foi raptada e morta em junho de 2011. Exames apontam que ela sofreu violência sexual antes de ser assassinada.


Foi apresentado na manhã desta sexta-feira (19), na sede da Polícia Civil, em Salvador, o homem suspeito de matar a adolescente Adriani Melo de Jesus, 16 anos, em junho de 2011, que teve o corpo encontrado em uma estrada de Lauro de Freitas, na região metropolitana da capital.

A polícia divulgou nesta sexta-feira o resultado de alguns laudos que confirmam que a jovem sofreu violência sexual depois de ter sido raptada. O suspeito apresentado pela polícia é um guarda municipal de Lauro de Freitas. Ele teve a prisão preventiva decretada e vai ficar detido na 26ª Delegacia.

De acordo com Marcos Tebaldi, delegado responsável pelo caso, o guarda municipal nega o crime, mas foi reconhecido pelo namorado da adolescente que estava com ela quando a estudante foi raptada.

Crime

Segundo a família, Adriane voltava a pé da casa de uma amiga, com o namorado em Vila de Abrantes. Quando passavam em frente a um posto de gasolina, um carro preto parou. Um homem armado desceu, obrigou a adolescente a entrar no carro e mandou o namorado dela fugir. No dia seguinte, Adriane foi encontrada morta com três tiros em um matagal próximo à Estrada do Coco.

Moradores de Vila de Abrantes fizeram uma caminhada para protestar contra o crime. Segundo eles, a manifestação, realizada uma semana depois da morte da jovem, foi um pedido de justiça. A mãe e o padrasto acompanharam a caminhada.

Fonte: G1

Acusado de matar ex-mulher dentro de salão vai a júri em BH nesta sexta

Maria Islaine de Morais foi assassinada com nove tiros. Vítima chegou a fazer oito queixas à polícia contra o ex-marido.


O borracheiro Fábio Willian Soares, acusado de matar a ex-mulher a tiros, é julgado nesta sexta-feira (19), em Belo Horizonte. A cabeleireira Maria Islaine de Morais foi assassinada dentro do salão onde ela trabalhava. Câmeras se segurança registram o crime.

Ela foi morta no dia 20 de janeiro no bairro Santa Mônica, na Região de Venda Nova. As imagens mostram o momento em que o borracheiro chega ao salão armado. Ele conversou com a ex-mulher e outras pessoas que estavam no local antes de atirar. Quando Maria Islaine já estava caída, ele descarregou a arma. Ao todo, foram nove tiros.

A cabeleireira que foi assassinada havia procurado a polícia oito vezes para se queixar do ex-companheiro, com quem viveu por cinco anos, principalmente por causa das ameaças de morte.
A sessão teve início por volta das 9h15 desta sexta-feira (19). Soares é julgado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, sem chance de defesa para a vítima e com emprego de meio que resultou em perigo comum). A pena varia de 12 a 30 anos de prisão. Ele está preso no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Fonte: G1 (vídeo)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Informe do I Encontro do Ciclo de Formação rumo à III Conferência de Mulheres

O I Encontro do Ciclo de Formação - Rumo à III Conferência de Políticas para Mulheres integra as ações do Projeto Controle Social Como Garantia da Participação Cidadã das Mulheres . O I Encontro do Ciclo de Formação aconteceu no dia 20 de Julho de 2011 no SINDSPREV/RJ na Lapa, no Rio de Janeiro. O evento teve por objetivo discutir o eixo central da III Conferência de Políticas para Mulheres – autonomia e combate à pobreza das Mulheres, a implementação e os resultados do II Plano de Políticas para Mulheres e os desafios a serem superados na III Conferência. O Encontro contou com a participação de 37 mulheres – mulheres não organizadas e mulheres organizadas de diversas associações, sindicatos e movimentos, mulheres lideranças comunitárias da Zona Oeste do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense.




Após uma dinâmica de apresentação, Eleutéria Amora – Coordenadora Geral e fundadora da CAMTRA apresentou o Projeto e destacou a importância da informação, monitoramento das políticas e das propostas do II PPPM. A programação do I Encontro de Formação contemplou momentos de discussão em Grupos de Trabalho, troca de experiências acerca dos desafios enfrentados e a serem superados pelas mulheres.



As discussões em Grupos – Grupo I - eixo I - da autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho, com inclusão social e o Grupo I I – eixo II – enfrentamento do Racismo, Sexismo e Lesbofobia do II Plano Nacional de Política para as Mulheres e a Plenária Final dedicaram-se a construir e apresentar propostas tiradas nos grupos, destacando-se a necessidade de qualificação profissional para as mulheres, combate ao racismo no mercado de trabalho, garantir a cota para cargos de chefia nos serviços públicos para Mulheres Negras, implementação da Lei 10.639/11.645, maior divulgação dos direitos, ampliação do número de creches para favorecer a autonomia e a inclusão das Mulheres no mercado de trabalho, o combate ao machismo, ampliação e garantia dos direitos trabalhistas, dentre outras.



O I Encontro do Ciclo de Formação - Rumo à III Conferência de Políticas para Mulheres encerrou com muita emoção e propostas para a CAMTRA dar continuidade ao Ciclo de Formação Rumo à III Conferência de Políticas para Mulheres. Na ocasião foi marcado O II Encontro para o dia 10 de agosto de 2011, no SEPE/RJ- Sindicato Estadual de Profissionais da Educação, das 14 as 17hs e uma Roda de Conversa que faz parte dos Encontros Locais para o dia 9 de agosto de 2011, em Santa Cruz/Zona Oeste com a coordenação da Gaúcha/COMZO- Conselho de Mulheres da Zona Oeste. Foram ressaltadas a importância do Encontro e a criação de projetos como estes, que possibilitem a troca de experiências, informações, mobilização e estímulo a maior participação das Mulheres no processo das Conferências. Também foram apontados como espaços para participação das mulheres a Marcha das Margaridas, que acontecerá em Brasília, no mês de Agosto e nas Conferências de mulheres.


Desde já nossos agradecimentos a todas (os) que colaboraram e participaram deste I Encontro de
Formação Rumo à III Conferência de Políticas para Mulheres . E, dia 10 de agosto de 2011, no
SEPE/RJ- Sindicato Estadual de Profissionais da Educação – Rua Evaristo da Veiga, 55 - 7 e 8
andares, das 14 as 17hs esperamos vocês para o II Encontro. Até breve!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

28% das mulheres assassinadas no país morrem em casa

O ambiente doméstico é cerca de três vezes mais perigoso para as mulheres do que para os homens. Dentre as mulheres assassinadas no país, 28,4% morreram em casa. O número é quase três vezes maior do que a taxa entre os homens, de 9,7%.

As informações são do Anuário das Mulheres Brasileiras 2011, compilação de dados sobre a situação da mulher no país divulgado em julho pela Secretaria de Políticas para Mulheres do governo federal e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Os dados sobre o local de morte em assassinatos são de 2009.

A residência é o segundo local mais "perigoso" para as mulheres. De acordo com o anuário, as mortes por assassinato de mulheres ocorrem em primeiro lugar na via pública (30,7% dos casos), em segundo lugar em casa (28,4%) e em terceiro lugar no hospital (23,9%).

No caso dos homens, quase metade das mortes por assassinato ocorre nas ruas (46,4%). O hospital responde por 27,7% dessas mortes e a residência, por 9,7%.

Os dados mostram também a relação entre o local das mortes por homicídio e o estado civil da vítima.

Entre os homicídios em que as vítimas são viúvas, 41,7% das mortes ocorrem em casa. No casos dos homens, a taxa é de 30,9%.

No caso dos assassinatos em que as vítimas são casadas, 39,7% das mortes ocorrem em casa. O número entre os homens é de 14% --uma proporção de cerca de três mulheres para um homem.

Dentre os homicídios de mulheres separadas judicialmente, em 36,1% do casos as mortes ocorrem em casa. No caso dos homens o número é de 19,2%.

Já entre as solteiras, 24,8% das assassinadas morrem em casa, contra 8,4% no caso dos homens.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

De acordo com informações do anuário, quatro em cada dez mulheres brasileiras já foram vítimas de violência doméstica. Os números sobre a violência doméstica são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2009, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De acordo com a Pnad, 43,1% das mulheres já foram vítimas de violência em sua própria residência. Entre os homens, esse percentual é de 12,3%.

Ainda segundo os números da Pnad de 2009, de todas as mulheres agredidas no país, dentro e fora de casa, 25,9% foram vítimas de seus cônjuges ou ex-cônjuges.

DENÚNCIAS

A Central de Atendimento à Mulher, serviço que atende queixas de violência doméstica contra a mulher e esclarece dúvidas sobre a Lei Maria da Penha, recebeu 1.952.001 ligações em pouco mais de cinco anos de existência --entre abril de 2006, quando foi criada, e junho de 2011.

No período, foram 434.734 atendimentos sobre informações da Lei Maria da Penha (22,3% do total) e 237.271 relatos de violência, de acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres. A Lei completou cinco anos no domingo (7).

Segundo a secretaria, 40% das mulheres que entraram em contato com o serviço convivem com seu agressor há mais de dez anos --em 72% dos casos, eles são casados com as vítimas.

APLICAÇÃO DA LEI

Em entrevista à Folha, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, afirmou que, apesar de avançada, a Lei Maria da Penha ainda não é plenamente aplicada no país.

Segundo a ministra, um dos desafios para a aplicação da lei é o reconhecimento de sua constitucionalidade no STF (Supremo Tribunal Federal). "Aguardamos ansiosamente o julgamento da Adin [Ação Direta de Inconstitucionalidade] para colocar um fim no debate doutrinário sobre a constitucionalidade ou não da Lei Maria da Penha", afirmou.

Para ela, o reconhecimento da lei "pode dar celeridade aos processos e evitar que muitas mulheres que denunciam seus agressores venham a morrer antes do final do processo".

Outro desafio, segundo a ministra Iriny Lopes, é o aumento da rede de proteção às mulheres, com a qualificação de profissionais e a criação de equipamentos como casas abrigo, delegacias especializadas e juizados especiais.

Fonte: Folha

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Encontro Local - Ciclo de Formação rumo à III Conferência de Políticas para Mulheres


Cidade do México cria lei contra “feminicídio”


A partir desta quinta (28), o código penal da Cidade do México passa a incluir o “feminicídio” em sua cartilhas. A norma estabelece penas de até 60 anos para o assassinato de mulheres por questões de gênero. A mudança na legislação da capital foi aprovada em junho pela Assembléia Legislativa municipal.

Organizações estrangeiras, como a Anistia Internacional, haviam denunciado o aumento da violência de gênero no México nos últimos anos, alegando que a impunidade era um dos fatores responsáveis pela situação.

Segundo dados do Observatório Cidadão Nacional do Feminicídio do México, entre janeiro de 2009 e dezembro de 2010, 203 mulheres foram mortas por questões de gênero somente na Cidade do México. Em todo o país, de acordo com o governo, cerca de seis mil mulheres morreram em decorrência de violência sexual entre 1999 e 2005.

A lei entra em vigor cerca de um mês após centenas de mulheres saírem às ruas da cidade para protestar contra a violência de gênero e pela garantia de seus direitos civis na “Marcha das Vadias”.

O evento, que já teve edições em São Paulo e Curitiba em 2011, foi criado depois que um policial afirmou no Canadá que para não serem estupradas as mulheres não deveriam se vestir como vagabundas.

De acordo com o Governo local, a nova lei deve ser empregada nos casos em que a vítima apresente sinais de violência sexual de qualquer tipo, lesões ultrajantes e degradantes e mutilações anteriores ou posteriores à morte. Além desses fatores, também caracterizam o crime de gênero a existência de ameaças, violência e exposição do corpo da vítima em lugar público, entre outros aspectos.


FONTE: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=8&id_noticia=159979

Homem mata namorado da ex-mulher e causa pânico na Barra da Tijuca


Polícia suspeita que o crime seja passional; assassino foi preso em flagrante
Marcelo Bastos e Evelyn Moraes, do R7 | 02/08/2011 às 11h12 | Atualizado em: 02/08/2011 às 11h43
 
Um crime, que a polícia suspeita ter motivo passional, assustou moradores da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (2).
O português Rolando Emanuel Morgado Simões Palma, de 49 anos, foi assassinado na avenida Afonso de Taunay, na altura do número 660.
De acordo com a polícia, ele saía de carro com a namorada, Regina Márcia D’Ávila de Oliveira, de 48 anos, e o filho dela, de 13 anos, no edifício onde ela mora, quando foi atingido por dois tiros disparados pelo ex-marido da mulher, o advogado Antônio Passos Costa de Oliveira, 61 anos.

Segundo os agentes da DH (Delegacia de Homicídios), Oliveira tentou entrar no prédio no fim da noite de segunda-feira (1º), mas o porteiro não permitiu a entrada dele.

Nesta terça-feira, por volta das 7h15, quando Regina saía de carro do edifício, o ex-marido se aproximou e começou a discutir com a ex-mulher. Nervoso, ele pegou uma pistola calibre 380 e começou a atirar contra o veículo.
O português, que desceu do carro para tentar controlar a briga do casal, foi baleado no pescoço e na perna. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu. A mulher foi atingida por estilhaços de bala na cabeça e levada para um hospital. O adolescente nada sofreu.

A polícia suspeita que Oliveira tenha problemas psicológicos e não aceitava a separação. Após os disparos, ele seguiu em direção aos policiais e foi preso em flagrante. Ele estava com a roupa suja de sangue. O crime aconteceu a poucos metros da DH.

De acordo com a polícia, o português chegou ao Brasil no dia 16 de julho e pretendia sair do país no próximo dia 28. Ele e Regina teriam se conhecido pela internet.
FONTE: http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/homem-mata-namorado-da-ex-mulher-e-causa-panico-na-barra-da-tijuca-20110802.html

segunda-feira, 25 de julho de 2011

25 de Julho - Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha


Em julho de 1992, mulheres negras de 70 países participaram do 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, em Santo Domingo, na República Dominicana. O último dia do evento, 25 de julho, foi marcado como o "Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe", para celebrar e refletir sobre o papel das mulheres negras nestes continentes. Estipulou-se que este dia seria o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. Desde então, a sociedade civil têm atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero e racial/étnica em que vivem as  mulheres negras em muitas situações cotidianas-  na rua, em casa, no trabalho.

A Casa da Mulher Trabalhadora saúda todas as mulheres negras por sua história de lutas e resistência!!! Rumo a uma sociedade sem machismo e sem racismo.
Saudações da Equipe da CAMTRA.
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Heteroinquisidores

Heteroinquisidores
Se pai e filho agredidos por homófobos tivessem se 'confessado' gays, em vez de uma orelha decepada poderia haver dois cadáveres
24 de julho de 2011 

Debora Diniz - O Estado de S.Paulo
Minhas visitas à Índia são recheadas de descobertas culturais. Uma das que mais me fascina é a cena de homens de mãos dadas nas ruas. Ao contrário de nós, a expressão pública de afeto entre amigos é socialmente autorizada. Assim como meninas escolares no Brasil, os indianos de qualquer idade andam abraçados com seus colegas. A mesma intimidade entre homens, vi em vários países de tradição árabe. Aos homens, é permitido o toque como sinal de amizade. O curioso é que esse traço cultural não elimina a homofobia. Ao contrário, a homofobia é uma prática de ódio que convive com essas redescrições culturais sobre o corpo e o encontro entre os sexos. Entre nós, a novidade parece ser a de que nem mesmo o afeto entre pais e filhos será permitido pela patrulha homofóbica.

Um pai de 42 anos e um filho de 18 se abraçaram. De madrugada, cantavam juntos em uma festa ao ar livre no interior de São Paulo. Consigo imaginá-los felizes, razão para demonstrarem afeto mútuo. Foi o sinal para que dois homens desconhecidos perguntassem se eram gays. Insatisfeitos com a resposta negativa, saíram em busca de outros homens para iniciar a agressão. O pai teve parte da orelha decepada e o filho teve ferimentos leves. Pai e filho têm medo de represálias, pois os agressores estão pelo mundo, talvez orgulhosos da façanha ou, quem sabe, ainda sem entender por que não se pode agredir gays. Se tiverem algum senso de vergonha pelo ato, talvez seja o de ter confundido homens heterossexuais com gays.

A violência foi praticada com um ritual de confissão em dois atos: no primeiro, pai e filho deveriam declarar suas práticas sexuais para homens desconhecidos. Os homens homofóbicos são os inquisidores da heteronormatividade. Pai e filho negaram ser gays. Por alguma razão, a performance de gênero do pai e do filho não convenceu o grupo de homófobos. Eles buscaram reforço e retornaram com mais homens para silenciar aqueles que imaginavam ser representantes dos fora da lei heterossexual. No segundo ato, foram exigidas demonstrações de práticas homossexuais: pai e filho deveriam se beijar na boca para que os agressores vivenciassem a fantasia gay.

O primeiro ato do ritual homofóbico me leva a imaginar quais teriam sido as consequências de um "sim, somos gays" - uma autoafirmação entranhada em dois homens que não suportassem mais o tribunal homofóbico. Com essa resposta, talvez não estivéssemos diante de uma imagem de uma orelha parcialmente decepada, mas de dois cadáveres. Pai e filho foram vítimas da violência homofóbica. O curioso é que os dois não se apresentam como gays, mas como representantes da ordem heterossexual. Para os vigias homofóbicos, não importavam as práticas sexuais dos dois homens, mas a manutenção da ordem pública em que homens não devem se tocar. O interdito homossexual é tão poderoso que deveria impedir, inclusive, o contato físico entre pais e filhos.

Há outro ponto intrigante nessa história que é sobre como os homófobos se formam. Essa é uma inquietação a que qualquer aspirante a sociólogo responderia com uma tautologia: os fenômenos sociais não têm causa única. Mas aqui quero arriscar um caminho de compreensão. Os homófobos deste caso foram incapazes de diferenciar uma expressão de carinho paterno de uma prática erótica entre dois homens. Como hipótese, especularia que os agressores pouco receberam afeto de homens, seja de seus pais ou de outros homens de suas redes afetivas. Uma hipótese alternativa é a de que, se houve afeto paterno, esse foi mediado pelo temor homofóbico. Essa ausência levou os agressores a desconfiar do corpo de outros homens. Ao primeiro sinal de aproximação física, a defesa é a repulsa homofóbica.

Sei que essa explicação pode parecer reducionista para um fenômeno tão complexo e dependente da cultura patriarcal como é a homofobia. Mas é intrigante o erro do radar homofóbico dos agressores, o que sugere haver um equívoco de ponto de partida: eles parecem não ter sido capazes de identificar sinais corporais de algo tão fundamental quanto o amor paterno. Mesmo que não sejam ainda pais, não conseguiram se deslocar para o lugar de filhos que já foram ou ainda são. Aos guardiões da moral heterossexual, esse é um erro de diagnóstico que denuncia uma perturbação simbólica ainda mais fundamental.

Se minha hipótese for razoável, a mediação homofóbica na relação entre pais e filhos ou entre homens que se relacionam por vínculos de amizade ou convivência perpassa a socialização de gênero dos meninos. Os homens seriam treinados para evitar expressões de afeto e carinho por outros homens. Aqui volto à imagem da Índia para lembrar que o desejo de aproximação física entre homens não está inscrito nos corpos sexuados, mas é compartilhado pela cultura em que os homens vivem. Os homófobos se formam em casa, na rua, na escola. Em todos os espaços em que a fantasia homofóbica mediar a relação entre os corpos e afetos dos homens, a violência e a injúria contra os fora da lei heterossexual irão crescer.

DEBORA DINIZ É ANTROPÓLOGA, PROFESSORA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA E PESQUISADORA DA ANIS - INSTITUTO DE BIOÉTICA, DIREITOS HUMANOS E GÊNERO 


fonte http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,heteroinquisidores,749198,0.htm

Mais uma mulher morta estrangulada na quarta feira.

Na madrugada do dia 20 de julho (quarta feira dessa semana)  Webson Rodrigues juntado a mais de vinte anos com Teresa Lopes de Sousa de 44 anos assassinou a sangre frio a esposa e mãe de seus dois filhos na Cidade de Deus. Webson Rodrigues foi levado à delegacia de Homicídios da Barra, mas inexplicavelmente está solto às ruas.  A parente da vítima  pertence e é atuante  na REDE FEMINISTA de Arte Urbana REDE NAMI .
 A vizinha escutou barulhos de agressão e preferiu não chamar a polícia. Uma pessoa que viu a sombra  do assassino estrangulando a sua esposa é que intercedeu, mas chegando na casa Teresa já estava morta.
 Sei que é triste receber esse tipo de mensagem. Mas por favor, divulguem e vamos nos manifestar para que prendam o assassino e esse tipo de crime seja coibido. Antes liberavam o agressor porque batia e não matava. E agora que se mata, será liberado também? Até quando ficaremos a mercê dessas situações que desrespeitam a dignidade humana?
 Se for possível, manifestem o repúdio à violência contra a mulher e contra os direitos humanos.
Por mundo mais digno, respeitoso e humano. 
Nataraj Trinta 
www.redenami.com

terça-feira, 5 de julho de 2011

Falta de creche prejudica inserção de mulher no mercado de trabalho, aponta anuário do Dieese

São Paulo – A falta de creches é um dos maiores entraves para que as mulheres aumentem sua participação no mercado de trabalho. Essa é uma das conclusões do Anuário das Mulheres Brasileiras 2011, lançado hoje (4) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese) e a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SEPM) do governo federal.

De acordo com o anuário, em 2009, 58,8% das mulheres com mais de 16 anos, portanto, que fazem parte da população economicamente ativa (PEA) do país, tinham um trabalho. Já entre os homens com mais de 16 anos, esse percentual chegava a 81,5%.

A diferença, segundo a pesquisa, deve-se, em parte, à deficiência da infraestrutura dedicada à mulher. As creches, fundamentais para que elas possam trabalhar fora de casa, atendiam só 18,4% das crianças até 3 anos de idade também em 2009.

“A carência dessa política pública [creches] é um impeditivo para que a mulher tenha sua independência econômica que o trabalho propicia”, afirmou o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, durante a apresentação do anuário, em São Paulo.

O levantamento é uma compilação de dados de várias pesquisas feitas sobre as condições de vida das mulheres brasileiras. Da publicação, constam estatísticas sobre oito temas. Entre eles, saúde, educação, violência, política e trabalho.

Lúcio disse que, em todas as áreas, existe diferença entre a situação de homens e mulheres no país. “A mulheres são maioria em número, mas são minoria no aspecto sociológico”, explicou, lembrando que a população feminina representa mais da metade do total de habitantes do país, porém tem condições de vida inferior a dos homens.

De acordo com o anuário, as mulheres estudam, na média, um ano a mais que os homens. Entretanto, recebem salários que representam só 56% do que ganham os trabalhadores do sexo masculino. Elas mulheres também representam 58,7% dos indigentes do país. São ainda os 53,7% dos pobres.

Toda essa diferença econômica, de acordo com Lúcio, ainda acarreta uma diferença mais grave: a da violência. Segundo o anuário do Dieese, 43,1% das mulheres foram vítimas de agressões dentro de sua própria casa. Entre os homens, esse percentual é de 12,3%.

“A violência devia ser zero para ambos os sexos, mas as agressões contra mulheres são mais graves e frequentes”, disse o diretor do Dieese. “Precisamos reduzir todas as diferenças e isso tende a reduzir da violência contra a mulher.”

Fonte: Agência Brasil

Quatro em cada dez mulheres brasileiras já foram vítimas de violência doméstica, diz estudo

Levantamento feito pela Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo federal foi divulgado nesta segunda-feira (4). Violência psicológica é a segunda maior reclamação das mulheres

Quatro em cada dez mulheres brasileiras já foram vítimas de violência doméstica. O número consta do Anuário das Mulheres Brasileiras 2011, divulgado nesta segunda-feira (4) pela Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo federal e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese).

O anuário reúne dados referentes à situação das mulheres no país. Os números sobre a violência doméstica, por exemplo, são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a Pnad, 43,1% das mulheres já foram vítimas de violência em sua própria residência. Entre os homens, esse percentual é de 12,3%.
Ainda segundo os números da Pnad de 2009 incluídos no anuário, de todas as mulheres agredidas no país, dentro e fora de casa, 25,9% foram vítimas de seus cônjuges ou ex-cônjuges.

Dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres apontam ainda que o número de atendimentos feitos pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 cresceu 16 vezes de 2006 para 2010. Em 2006, foram feitos 46 mil atendimentos. Já no ano passado, foram 734 mil.

Entre as ligações, quase 60 % (58,8%) foram denúncias de crimes contra a mulher. Mais da metade desses crimes eram casos de violência. A violência psicológica vem em segundo lugar, com 25, 3% das ligações. Em terceiro lugar está a violência moral (11, 6%).
Em 2010, Central de Atendimento à Mulher recebeu 2.318 denúncias de violência sexual. O canal também registrou um aumento na procura por informações sobre a Lei Maria da Penha. Em 2007, foram pouco mais de 48 mil consultas, contra 82.170 em 2010.

Fonte: Época

terça-feira, 21 de junho de 2011

Seminário "Retrato de Mulheres Trabalhadoras"

As inscrições do Seminário "Retrato de Mulheres Trabalhadoras" encerram na segunda que vem, dia 27 de junho!!! Não deixe de enviar sua inscrição!



CLIQUE AQUI para a Ficha de Inscrição (enviar para o e-mail SEMINARIO@CAMTRA.ORG.BR)

Mulher é baleada pelo marido em Santa Bárbara

Uma mulher foi baleada nesta sexta-feira (17) pelo marido na rua Imperador, localizado na cidade de Santa Bárbara, a 141 km de Salvador. Segundo informações do posto policial do Hospital Geral do Estado (HGE), Antônia Santos de Meireles, 46 anos, foi baleada, pelo marido Silvio Teles, no pulso esquerdo e na região cervical.

Ainda segundo o posto, o esposo da vítima após efetuar os disparos se suicidou com um tiro na cabeça. Antônia foi socorrida pela irmã para o HGE por volta das 18h45. Seu estado é estável. A Delegacia da região investiga o caso.

Fonte: Correio 24h

Homem mata ex-mulher feita refém por 17h e depois se mata

Após quase 16 horas de negociações, terminou com a morte do casal o cárcere privado em que um homem fazia a ex-mulher e sua filha reféns na cidade de Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre (RS). De acordo com a Brigada Militar, Cleomar Antonio da Silva disparou contra a mulher e se matou logo após. O casal chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas chegou ao hospital sem vida.

A Brigada Militar afirma cerca de 4 minutos antes de efetuar os disparos, Silva chegou a dizer que ia se entregar e libertar Luciana Rodrigues. Após ouvir os tiros, o Batalhão Operações Especiais (BOE) invadiu a casa e encontrou o casal desacordado no chão.

Na madrugada, Silva havia ameaçado botar fogo na residência. De acordo com o Centro Integrado de Operações da Segurança Pública gaúcho, ele tinha colocado um botijão de gás em frente a casa. O cárcere privado teria começado por volta das 15h30 em um imóvel localizado na rua Triunfo, no bairro Colúmbia City. De acordo com a Polícia Militar, Silva queria reatar o relacionamento com Luciana.

Um policial militar permaneceu na frente da residência em uma viatura e fazia contato com o suspeito por telefone. Por volta das 7h, em uma das conversas, o oficial chegou a falar com Luciana, que afirmou estar bem e garantiu que não tinha sido agredida por Silva.

Fonte: Paulínia News

terça-feira, 7 de junho de 2011

Próxima Reunião do Fórum de Combate à Violência Contra as Mulheres/RJ

Na última reunião do Fórum Estadual de Combate à Violência Contra as Mulheres/RJ, além das avaliações positivas a respeito do lançamento do Fórum, também foram tiradas algumas datas para próximas ações.


Foi programada uma Panfletagem para o dia 9 de junho, às 12h, no Centro Comercial da SAARA (Local: Rua da Alfândega esquina com Avenida Passos). Levaremos pirulitos e cartazes denunciando principalmente os últimos casos de violência contra as mulheres!

E nossa próxima reunião se realizará no dia 6 de julho, às 18h30 no SEPE/RJ (Rua Evaristo da Veiga, 55, 7o andar)

A nossa luta é todo dia!

Divulguem e participem! 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Manifestação em Apoio à Luta dos/as Bombeiros/as do Estado do Rio de Janeiro

Ato aconteceu hoje em frente a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) e contou com a presença de dezenas de pessoas de diversos movimentos apoiando todos/as os/as bombeiros/as, inclusive para a liberdade daqueles que foram presos logo depois da manifestação de sexta-feira, no Quartel General.



As mulheres da CAMTRA estiveram lá presente, em solidariedade a todos/as!


ABAIXO À DITADURA, ANISTIA JÁ!



Fotos: CAMTRA - Casa da Mulher Trabalhadora

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Homofobia: motorista de táxi agride lésbica

Publicitária desmaiou e perdeu 70% de sua audição após levar um tapa no ouvido. O taxista se irritou ao vê-la embarcar no automóvel de mãos dadas com namorada



Casal de lésbicas foi vítima de taxista homofóbico na madrugada de 8 de maio, após sair de uma festa na Mansão Laranjeiras, no bairro de Santa Teresa. A publicitária e musicista Eliza Schinner, 29 anos, conta ter levado forte tapa no ouvido esquerdo porque entrou no táxi — que não era de cooperativa e estava em frente ao local do evento — de mãos dadas com sua namorada.


Eliza conta que já foi alvo de homofóbicos até em point gay em Ipanema: ela não denunciou o taxista porque não conseguiu anotar sua placa | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

Segundo Eliza, a viagem só durou dois minutos, suficientes para o motorista dar arrancadas bruscas. “Estávamos descendo uma ladeira, no sentido Laranjeiras, e ele dirigia perigosamente. Pedi que pegasse leve na velocidade”, conta. Ainda de acordo com seu relato, ele não respeitou e disse: “Continua fazendo essa merda aí atrás, que eu continuo aqui na frente”. Ela diz que estava apenas conversando com a namorada.

Ao ouvir a resposta, a musicista retrucou: “Você quer me matar e ainda é homofóbico?”. Ele teria respondido que sim. A vítima pediu que encerrasse a corrida, pela qual se recusou a pagar e, ao sair do carro, o taxista teria ido em sua direção e dado um forte tapa no seu ouvido esquerdo — o que prejudicou em 70% sua audição. Depois da agressão, ele saiu rapidamente do local, e ela não chegou a anotar a placa do veículo.

Devido à falta de informações sobre o agressor, Eliza — que afirma conviver com atos discriminatórios nas ruas — não quis registrar o caso na delegacia. Além de lamentar o caso, ela reclama dos cuidados redobrados que deve ter com seu ouvido agora: “Farei teste para saber se recuperei minha audição, mas não posso mais tocar sem proteção”.

O QUE FAZER
Vítimas de homofobia podem recorrer às ações implementadas pelo governo do estado, com apoio de ONGs e prefeituras, através do ‘Rio Sem Homofobia’.

CENTROS DE REFERÊNCIAS DE PROMOÇÃO DA CIDADANIA LGBT
Serviço de atendimento jurídico, social e psicológico, de segunda a sexta, das 9h às 18h. Unidades já inauguradas na capital, na Central do Brasil, 7 º andar, e em Friburgo, na Av. Alberto Braune 223, Centro.

DISQUE-CIDADANIA LGBT (0800 023 4567)

Serviço telefônico de atendimento 24h e ininterrupto, para orientar e acolher LGBTs, familiares e amigos em situação de violência.

Kit do MEC mais amplo

O polêmico kit-anti-homofobia do Ministério da Educação (MEC) deverá incluir combate ao racismo e à intolerância religiosa. A informação foi dada pelo ministro Fernando Haddad, em sabatina ontem no Senado. O material está sendo refeito porque a presidenta Dilma Rousseff considerou-o inadequado.

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) retirou do projeto de lei anti-homofobia proposta que considerava crime as manifestações contra gays em cultos. Apesar disso, evangélicos prometem grande protesto hoje diante do Congresso contra a lei que criminaliza a homofobia.

Homem é acusado de matar ex-namorada em motel no Rio

O corpo de uma mulher foi encontrado pela polícia na tarde de quinta-feira com sinais de asfixia dentro de um motel em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. Rosineyde Rodrigues Haiki, 29 anos, teria sido morta pelo ex-namorado, José Carlos Barreto dos Santos, 31 anos, que não se conformava com o fim do relacionamento.

Após o crime, o suspeito teria usado um sabonete para escrever o seguinte recado no espelho do quarto: "Polícia não se brinca. Ela estava me traindo com o ex dela. Vou queimar ele". A mensagem seria uma tentativa de incriminar o atual namorado de Rosineyde, que é policial.

O relacionamento entre vítima e o suspeito durou três anos e terminou no início de 2011. Apesar do rompimento, os dois mantinham encontros eventuais. No início da noite da última quarta-feira, o casal entrou de moto no motel. Duas horas depois, José saiu pelos fundos do estabelecimento.
De acordo com a polícia, os funcionários só encontraram o corpo de Rosineyde, que completaria 30 anos neste sábado, por volta das 14h da última quinta. Eles informaram que José havia pago pelo período de 12 horas e, após isso, a gerência não conseguia contato com o quarto por telefone. Os funcionários resolveram então arrombar a porta. O fio do telefone do quarto estava cortado.

Fonte: Terra

Sem confronto, polícia resgata corpo de mulher morta na Rocinha

Moradores dizem que perícia demorou três dias


O corpo de uma mulher, que se chamaria Paloma, 33 anos, foi retirado na manhã desta terça-feira (31) da Rua 4, na Favela da Rocinha (Zona Sul do Rio). Segundo a família, a mulher foi assassinada pelo próprio namorado no último fim de semana. A polícia, no entanto, só esteve no local para periciar o cadáver três dias após o comunicado na 15ª DP (Gávea).

Por volta das 9h, um grupo de policiais civis da Divisão de Homicídios da Capital e da Coordenadoria de Recursos Especiais, iniciaram uma ação na favela para chegar até o imóvel onde estava o corpo.

O autor do crime teria sido o próprio namorado da vítima. Ele já teria assassinado uma outra mulher na região, e depois de matar Paloma, fugiu. Os dois costumavam se drogar juntos. Paloma, segundo amigos, fazia uso de cocaína e álcool.

Fonte: Jornal do Brasil

terça-feira, 31 de maio de 2011

Homem mata mulher a facadas dentro de motel

RIO - A polícia suspeita que a morte de Aline Lima Moragas da Rocha, de 31 anos, assassinada na quarta-feira com mais de dez facadas no Motel Classic, em Cascadura, foi premeditada pelo marido, Adriano Souza de Araújo, de 37. Segundo o delegado Guilherme da Silva, titular da 28ª DP (Campinho), Adriano, que foi preso em flagrante, tem um histórico de agressões contra a vítima. O autor do crime foi indiciado por homicídio qualificado. A faca foi encontrada no local.

Imagens do sistema de segurança do motel foram divulgadas na quinta-feira. O casal chega às 15h42m. Catorze minutos depois, às 15h56m, funcionários se aproximam da porta do quarto, pois tinham ouvido gritos. Adriano, sem camisa, se atira no chão do corredor, sujo de sangue. Aline já estava morta.

A mulher foi enterrada no Cemitério do Murundu, em Realengo. Em janeiro, ela fora agredida pelo marido com uma enxada. A mãe da vítima registrou queixa, mas Adriano não foi indiciado.


Leia mais sobre esse assunto em O Globo
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Supremo determina prisão do jornalista Pimenta Neves

Ele foi condenado, em 2006, pela morte da jornalista Sandra Gomide. Segundo ministro, defesa de Pimenta Neves não pode mais recorrer.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta terça-feira (24), por unanimidade dos cinco ministros que a integram, o último recurso pendente do jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves, condenado em 2006 pela morte da jornalista Sandra Gomide.

O relator do caso, ministro Celso de Mello, determinou ao juiz da Comarca de Ibiúna (SP) o cumprimento da pena de 15 anos de prisão, inicialmente, em regime fechado.

O G1 entrou em contato com a advogada do jornalista, Maria José da Costa Ferreira, e aguarda retorno.

A assessoria do gabinete do presidente da Segunda Turma, ministro Gilmar Mendes, informou que será enviado ainda nesta terça um comunicado às instâncias inferiores da Justiça para que seja cumprida a decisão do STF.

De acordo com o ministro relator, não há mais possibilidade de se recorrer da decisão. Em setembro de 2000, logo após o crime, Pimenta Neves foi preso, mas em março do ano seguinte o ministro do STF, Celso de Mello, concedeu a ele o direito de responder ao processo em liberdade.

“É um fato que se arrasta desde 2000 e é chegado o momento de se pôr em termo a este longo itinerário já percorrido. Realmente esgotaram-se todos os meios recursais, num primeiro momento, perante o Tribunal de Justiça de São Paulo; posteriormente, em diversos instantes, perante o Superior Tribunal de Justiça, e também perante esta Corte”, afirmou Mello durante o julgamento desta terça.

Por ter mais de 70 anos, Pimenta Neves tem direito, segundo a lei, apenas à redução pela metade do tempo de prescrição do crime. Como foi condenado em 2006, a pena prescreveria em 10 anos a partir da data da condenação.

A ex-editora de economia do jornal “O Estado de S.Paulo” foi assassinada com dois tiros, em 20 de agosto de 2000, no Haras Setti, em Ibiúna, a 64 km de São Paulo. Os advogados de Pimenta Neves contestaram no STF decisões da Justiça que determinaram a condenação.

“Esta não é a primeira vez que eu julgo recursos interpostos pela parte ora agravante [Pimenta Neves], e isto tem sido uma constante, desde o ano de 2000. Eu entendo que realmente se impõe a imediata execução da pena, uma vez que não se pode falar em comprometimento da plenitude do direito de defesa, que se exerceu de maneira ampla, extensa e intensa”, continuou o ministro relator.

Pimenta Neves, que na época do crime era diretor de redação do “O Estado de S.Paulo”, tinha 63 anos e ela, 32. Os dois haviam rompido o namoro de quatro anos poucas semanas antes, quando Sandra contou estar apaixonada por outra pessoa.

Em 20 de agosto deste ano, o assassinato de Sandra Gomide completou 11 anos. Durante o julgamento, os ministros que compõem a turma reconheceram o caráter “emblemático” do caso e criticaram a quantidade de recursos apresentados pela defesa do jornalista para alongar a tramitação do processo.

A ministra Ellen Gracie afirmou que o caso Pimenta Neves é um dos “mais difíceis” de se explicar. “Como justificar que, num delito cometido em 2000, até hoje não cumpre pena o acusado?”, questionou Gracie.


Fonte: G1

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Jovem é encontrada nua e morta em matagal na zona Leste de Teresina

A mulher estava de bruços e com fraturas na cabeça. A polícia suspeita que ela foi morta a pedradas.

Maria Eliane Pereira Gomes, de 26 anos, foi encontrada morta perto de sua casa, em um matagal no Parque Firmino Filho, zona Leste de Teresina, por volta de 15h de ontem (23). Ela estava nua e com sinais de espancamento.

A mulher estava de bruços e com fraturas na cabeça. A polícia suspeita que ela foi morta a pedradas.

Policiais do 11º Distrito Policial tiveram informações de que Maria Eliane Pereira Gomes saiu com amigas na noite de domingo para tomar cerveja em uma churrascaria chamada ‘Verdinho’, na Vila Maria. Quando as amigas decidiram ir embora, Maria Eliane não as acompanhou e decidiu ficar.

A polícia suspeita de estupro, o que deverá ser confirmado após exames no corpo da vítima.

A jovem era natural de Novo Oriente (CE), morava no bairro Porto do Centro e trabalhava como diarista.

Fonte: Portal do Maranhão

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Em marcha, gays agradecem ao STF e pedem lei contra homofobia

Manifestantes pedem a aprovação de lei que criminaliza a homofobia



Trazendo agradecimentos ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pedidos ao Congresso Nacional, cerca de 2 mil manifestantes ligados a grupos gays chegaram à Esplanada dos Ministérios, nesta quarta-feira, em Brasília. A marcha busca sensibilizar a sociedade e também parlamentares para a luta contra a homofobia.
Com bandeiras da causa gay e vestidos com camisetas pedindo o fim do preconceito, o grupo pede que os parlamentares aprovem o PL 122, projeto de lei que torna a homofobia crime. O projeto está parado na Câmara desde 2006.

De acordo com os organizadores da marcha, os manifestantes vão, de mãos dadas, abraçar o STF - um gesto em agradecimento ao Supremo, que equiparou, em decisão unânime no mês passado, a união estável homossexual à heterossexual.

Coincidentemente, às 16h, um arco-íris, símbolo do movimento, enfeitou o céu de Brasília e cobriu o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo Federal.

Fonte: Terra

O lançamento do Fórum Estadual de Combate à Violência Contra as Mulheres foi um sucesso!

No dia 12 de maio foi realizado o Lançamento do Fórum Estadual de Violência Contra as Mulheres/RJ, com a presença de mais de 50 pessoas de organizações não-governamentais, partidos e grupos. 


O espaço do Fórum é aberto à todas as mulheres do Estado do Rio de Janeiro e, por isso, fazemos o convite a todas aquelas que quiserem participar da luta pelo combate pelo fim da violência contra as mulheres!
                           




A próxima reunião do Fórum acontecerá no SEPE/RJ e TODAS ESTÃO CONVIDADAS!
Dia 1 de Junho - Rua Evaristo da Veiga, 55 - 8° andar - Centro, às 18h.

Violência contra mulher não registra queda há mais de uma década, revela estudo

BRASÍLIA - Dados do Mapa da Violência divulgados nesta quinta-feira mostram que a violência contra mulher continua sem registrar queda. Considerando estatísticas dos 27 estados, o número de assassinatos de mulheres está estacionado no mesmo patamar há mais de uma década: em 2008, houve 4,17 assassinatos para cada cem mil mulheres. Em 1998, foram 4,27 homicídios para cada grupo de cem mil.

"O Brasil ainda tem uma cultura de violência contra a mulher"

Em 2008, as mortes violentas de mulheres somaram 4.023. Quase metade dos homicídios ocorre dentro de casa: 40%. No caso dos homens, apenas 17% dos assassinatos foram registrados na residência ou habitação. Dado que reforça a violência doméstica como a principal causa dos incidentes fatais, de acordo com o coordenador do Mapa da Violência, Julio Jacobo Waiselfisz.

- O Brasil ainda tem uma cultura de violência contra a mulher. Os dados indicam que grande parte dos crimes são passionais e ocorrem dentro de casa. A impressão que os dados passam é que a violência doméstica é a principal causa dos assassinatos de mulheres - disse o coordenador do estudo.

No período analisado, o Espírito Santo se manteve como o estado que concentrou o maior número de mortes, registrando mais do que o dobro de homicídios (10,9 por cem mil, em 2008), na comparação com a média nacional. Em 1998, 11,3 mulheres foram mortas em cada grupo de cem mil pessoas. Os assassinatos de mulheres no Rio de Janeiro caíram 43,3%, entre 1998 e 2008.

Números apontam aumento na violência contra mulheres no Rio

Estudo do Instituto de Segurança Pública mostra que vem aumentando o número de registros de violência contra a mulher. Em 2010, foram registrados 25% mais estupros do que em 2009. As ameaças aumentaram 6,2% e as ocorrências de lesão corporal, 1,1%.



Fonte: G1.com.br

Projeto em Salvador dá assistência a mulheres vítimas de violência


Débora Cohim, diretora do projeto, reforça a importância de denunciar o agressor.





Fonte: Globo.com

quinta-feira, 19 de maio de 2011

SPM divulga nota de indignação com “piadas” de Rafinha Bastos

"Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra caralho. Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade. Homem que fez isso (estupro) não merece cadeia, merece um abraço...”, disse Rafinha Bastos, da TV Bandeirantes, em um show em São Paulo. O fato foi condenado em nota da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM).

A SPM manifestou indignação com as anedotas com os temas estupro, aborto, doenças e deficiência física do humorista Rafinha. Segundo a nota, Rafinha insulta as mulheres ao contar anedotas que estimulam o preconceito de gênero e condena a banalização de tais preconceitos e repudia esse tipo de "humor" e qualquer forma de violação dos direitos das mulheres.

“Isso não é humor, é agressão gratuita, sem graça, dita como piada. É lamentável que uma pessoa - considerada pelo jornal The New York Times como a mais influente do mundo no twitter -, expresse posições tão irresponsáveis e preconceituosas. Estupro é crime hediondo e não requer, em nenhuma hipótese, abordagem jocosa e banalizada”, diz a nota, acrescentando que “humor inteligente e transgressor não se faz com insultos e nem preconceitos”.

A SPM diz ainda, em crítica as piadas de Rafinha, que “qualquer mulher forçada a atos sexuais, por meio de violência física ou ameaça, tem seus direitos violados. Não há diferenciação entre as vítimas e, tampouco, a gravidade e os danos deste crime diminuem de acordo com quaisquer circunstâncias da agressão.


Fonte: Vermelho

terça-feira, 17 de maio de 2011

Ex-marido ciumento fere dois em Niterói

Revoltado com o fim do casamento, homem de 23 anos foi até o restaurante onde a ex trabalha para matá-la, mas ela escapou

Inconformado com o fim do casamento, há um ano, Márcio Martins Cerqueira, de 23 anos, feriu dois funcionários de um restaurante onde a ex-mulher trabalha na madrugada deste sábado (14), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Armado com um revóver calibre 38, ele disparou contra um cozinheiro e um motoboy que, mesmo ferido, reagiu e fez com que Márcio fosse preso. A ex-mulher, Michele Rocha da Silva Melo, de 22 anos, conseguiu escapar.

Descontrolado, Márcio Martins Cerqueira invade restaurante em Niterói e fere dois colegas de trabalho da ex-mulher

De acordo com a polícia, disfarçado com uma touca ninja Márcio tentou forjar um assalto ao restaurante na Estrada Francisco da Cruz Nunes, número 6.684, no bairro de Itaipu, pouco depois da meia-noite. Michele, a ex-mulher, trabalha como atendente no local.

Ao ouvir a voz de Márcio, ela se escondeu no banheiro. Enquanto isso, seu ex-marido se descontrolou e atingiu o motoboy Bruno Rodrigues da Costa, ferido de raspão na perna, e o cozinheiro Isaquiel Leite, que levou três tiros que o atingiram na barriga, na perna e no pescoço.

O motoboy Bruno conseguiu reagir e lutou com Márcio. Foi quando o atingiu com um extintor de incêndio. Outros funcionários que presenciavam a briga aproveitaram para imobilizar o agressor.

Policiais do 12º BPM (Niterói) foram ao local e prenderam Márcio. Ele e Michele foram casados por quatro anos e têm um filho de três. Segundo ela teria relatado aos PMs, seu ex-marido já a teria agredido antes, o que a fez procurar a Delegacia da Mulher.

Os feridos receberam atendimento no Hospital Azevedo Lima, em Niterói. Bruno, ferido de raspão, já recebeu alta. Isaquiel permanece internado e não foi divulgado até agora se está em estado grave.


Fonte: IG Último Segundo